Cantos Encantos Borboletas
 
Quando eu era uma criança, adorava brincar em um terreno baldio ao lado de minha casa, repleto de canteiros vividos de matas, barrancos e insetos. Eu me maravilhava com as corridas das formigas, que diligentemente buscavam seu alimento, e me divertia brincando com os tatus-bolinha. Ali, eu encontrava meu próprio laboratório de pesquisa desenhando os brotos das plantas e observando a vida se desdobrar em sua infinita diversidade.
Envolto nesse universo intrincado, eu testemunhava a dança da natureza em cada manifestação. Cada pequeno detalhe parecia conter um mundo em si, um convite para explorar e compreender os segredos da vida. Foi nesse ambiente de descobertas que aprendi a contemplar o voo gracioso das borboletas, que parecia uma dança no ar, revelando um mundo interno, um mundo de sonhos e imaginação onde eu me encantava com sua dança e imaginava histórias e cenários que nutriam meu espírito.
Sua presença delicada e efêmera desencadeava uma profunda introspecção, como se cada batida de suas asas abrisse portais para um reino encantado dentro de mim. Era como se a delicadeza de suas cores e movimentos sussurrasse segredos sobre a vastidão da criatividade humana e a magia da mente fértil.